quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A mídia como ator emergente das Relações Internacionais: seu protagonismo no uso do soft power frente aos desafios das mudanças climáticas.

Em 14.09.2010 defendi minha tese de doutorado junto a Universidade Federal de Santa Catarina tendo como foco a análise do poder da mídia frente as discussões climáticas globais.

O trabalho transita entre a área das Relações Internacionais, Direito Internacional Ambiental e Comunicação Política Internacional e pode ser acessada em formato PDF - CLICAR AQUI -

Aqueles que tiverem interesse em utilizá-la em suas publicações peço que façam a devida referência (modelo abaixo) e caso tenham interesse em trocar ideias sobre o tema ou entrar em contato peço que escrevam para o email  advrso@gmail.com


Referência da tese conforme regras da ABNT:
OLIVEIRA, Rafael Santos de.  A mídia como ator emergente das Relações Internacionais: seu protagonismo no uso do soft power frente aos desafios das mudanças climáticas.Florianópolis: UFSC, 2010. 418 p. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Direito, Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.

A seguir transcrevo o resumo e o sumário para que todos possam compreender um pouco mais o conteúdo presente na tese.




RESUMO

A caracterização do papel e do poder da mídia no contexto de surgimento de novos atores das Relações Internacionais é um grande desafio. Diante das novas tecnologias da informação e comunicação diversas mudanças ocorreram no cenário internacional e no exercício do poder político contemporâneo. Por essa razão, a presente tese tem por objetivo investigar o protagonismo da mídia na utilização do soft power para a discussão política internacional das mudanças climáticas e a sua configuração como ator emergente das Relações Internacionais. Para tanto, são analisadas as características elementares dos principais atores do cenário internacional, quais as principais teorias da comunicação no intuito de estabelecer a relação da mídia com os fenômenos contemporâneos e como ocorreu a sua inserção no contexto das relações internacionais. Também se analisa a expansão da comunicação política internacional e as implicações da inserção das novas mídias e dos novos desafios oriundos da era da informação em rede. A tese foi estruturada em quatro capítulos onde, por meio da utilização do método de abordagem hipotético-dedutivo e da realização de pesquisa bibliográfica, documental e uso da técnica de análise de conteúdo, foi possível confirmar a hipótese de que a mídia adquiriu o status de ator emergente das Relações Internacionais. Como resultado da tese, se confirmou a hipótese principal da pesquisa reconhecendo-se a crescente importância da mídia junto ao cenário internacional, especialmente, pela utilização do soft power para agendar e enquadrar as discussões políticas internacionais acerca das mudanças climáticas.

Palavras-chave: mídia, atores emergentes, relações internacionais, soft power, mudanças climáticas 

 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.. 18

1 O CENÁRIO INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO: SEUS ATORES E DESAFIOS  28
1.1 Novos atores e atores emergentes: definições conceituais. 29
1.2 O contexto do surgimento dos novos atores no cenário internacional 35
1.3 O papel do Estado nas Relações Internacionais contemporâneas. 45
1.4 As organizações internacionais governamentais: um importante ator do cenário internacional 51
1.5 A força das organizações não-governamentais internacionais no debate político atual 56
1.6 As empresas transnacionais: a administração do mundo em suas mãos?. 68
1.7 O indivíduo e a opinião pública no cenário internacional 77
1.8 A mídia internacional: como desvendar o seu poder?. 87

2 AS TEORIAS DA COMUNICAÇÃO E A RELAÇÃO DA MÍDIA COM O MUNDO POLÍTICO CONTEMPORÂNEO.. 98
2.1 A primeira fase nas pesquisas sobre comunicação de massa. 100
2.1.1 A teoria hipodérmica: uma teoria da e sobre a propaganda. 101
2.1.2 O modelo de Lasswell e o nascimento da Communication Research. 104
2.1.3 Abordagem empírico-experimental ou teoria da persuasão. 105
2.1.4 Teoria empírica de campo ou dos efeitos limitados. 107
a) A pesquisa sobre o consumo da mídia. 107
b) Pesquisas sobre o contexto social e efeitos da mídia. 108
2.1.5 A teoria funcionalista e as funções dos meios de comunicação de massa. 110
2.1.6 A teoria crítica e a Escola de Frankfurt 113
2.1.7 A teoria culturológica. 115
2.2 A segunda fase nas teorias da comunicação: estudos dos efeitos da mídia em longo prazo  116
2.2.1 A teoria do agenda setting e a influência da mídia na fixação da ordem de relevância dos temas  118
a) O surgimento das pesquisas sobre agenda setting. 121
b) A construção e evolução das agendas temáticas. 124
2.2.2 Os guardiões do portão e a teoria do gatekeeper. 126
2.2.3 A construção da notícia e a teoria do newsmaking. 132

3 A EXPANSÃO DA COMUNICAÇÃO POLÍTICA INTERNACIONAL E A EMERGÊNCIA DA MÍDIA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. 143

3.1 Comunicação de massa e comunicação interpessoal: refinando conceitos. 144

3.2 Meios de comunicação de massa e política: apenas meios?. 148

3.3 O desvendar da comunicação política internacional: identificando as conexões entre a mídia e as relações internacionais. 153
3.3.1 A mídia como controladora: a televisão substituindo os formuladores de decisão (CNN Effect) 160
3.3.2 A mídia controlando a construção da agenda política internacional (agenda setting) 167
3.3.3 A mídia constrangedora: o poder de intervir no processo de tomada de decisão e fazer política em tempo real (real-time policy) 172
3.3.4 A mídia como interventora nas mediações internacionais. 174
3.3.5 A mídia como ator instrumental: media diplomacy e os meios de comunicação como aliados nas negociações políticas internacionais. 176
a) A diplomacia midiática do governo Hugo Chávez: uma análise da TeleSUR.. 178
b) Do Efeito CNN ao Efeito Al-Jazeera. 182
3.3.6 A mídia como ator conflituoso: a sua atuação irresponsável em questões internacionais. 187

3.4 Mass media e conflitos internacionais. 195
3.4.1 A influência da mídia sobre os conflitos (framing) 196
3.4.2 A influência dos conflitos sobre a mídia (newsmaking) 204

3.5 A inserção das novas mídias no cenário internacional: compreendendo os desafios da comunicação de massa na era da informação em rede. 208
3.5.1 A mídia na sociedade em rede e as novas dimensões da comunicação global 212
3.5.2 Os desafios e oportunidades da produção de notícias diante da emergência do Jornalismo 3.0  214
3.5.3 O jornalismo na era da blogosfera e a emergência dos blogs como fonte de informação. 222
3.5.4 A interação por meio das redes sociais: a contribuição do Orkut, Facebook, Twitter e Youtube na discussão de temas globais. 237
a) Orkut e Facebook: redes sociais globais?. 239
b) Twitter e a política em 140 caracteres
. 247

4 O SOFT POWER DA MÍDIA FRENTE AOS DESAFIOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O SURGIMENTO DE UM ATOR EMERGENTE.. 253
4.1 Mass media e soft power: desvendando a teoria de Joseph Nye em face das novas relações de poder na era da informação global 254
4.1.1 A construção conceitual do soft power e suas implicações no sistema midiático global 257
4.1.2 Soft Power e mídia: como lidar com os fluxos da informação em face do paradoxo da abundância?  265
4.2 Rompendo o silêncio: o despertar da opinião pública mundial e da mídia para as mudanças climáticas e o aquecimento global 281
4.2.1 O caminho de Estocolmo ao Rio de Janeiro na busca pela proteção internacional do meio ambiente  284
4.2.2 A (re) construção do cenário político ambiental diante das preocupações com o aquecimento global 288
a) Da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ao Protocolo de Quioto  289
b) A contribuição do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) diante das difíceis negociações durante as Conferências das Partes da CQNUMC.. 296
4.3 A simbiose entre o movimento ambientalista global e a mídia. 305
4.3.1 Da Eco-92 ao Protocolo de Quioto: o esverdeamento da mídia. 309
4.3.2 A representação das mudanças climáticas na mídia: da inércia ao espetáculo. 313
a) A cobertura da mídia tradicional sobre as mudanças climáticas: uma análise a partir da imprensa brasileira, italiana e norte-americana. 327
4.3.3 As mudanças climáticas nas novas mídias globais: do jornalismo online ao ciberativismo em blogs e redes sociais na Internet 351
4.4 A aquisição do status de ator emergente pela mídia em face do exercício do soft power. 374
4.4.1 Novas percepções acerca das pluralidades de status da mídia. 375
a) Mass media como empresa transnacional 375
 b) Mass media como ator emergente e empresa de comunicação global 376
4.4.2 Limites e desafios ao reconhecimento da mídia como ator emergente. 376


. 388



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