sexta-feira, 19 de março de 2010

TJRS cria Câmaras, Varas e Juizados Especiais para lidar com problemas ambientais

A reciclagem do Direito

Desde 2008, organizações não governamentais e associações comunitárias reivindicavam que o Tribunal de Justiça do Estado (TJ) definisse Câmaras, Varas e Juizados Especiais especializados para lidar com problemas ambientais. Neste mês, esse desejo foi atendido. Agora, a 9ª Vara Criminal, da 3ª Vara Cível e do 3º Juizado Especial Criminal, na Capital, processará e sentenciará ações relativas à área. Para quem pretende ou já está no curso de Direito, uma notícia como essa não pode passar em branco.



– A medida se justifica pela importância que a matéria adquiriu nos dias de hoje e a necessidade de especialização do magistrado que irá julgar os casos – afirmou a desembargadora Liselena Schifino Robles Ribeiro, 3ª vice-presidente do TJ e relatora da matéria.

Trata-se apenas de mais uma prova de que a carreira não cansa de se renovar, e já que o tema é ambiente, não é exagero falar em reciclagem. Com campos de atuação surgindo constantemente, a graduação se mantém entre as que mais oferece opções de trabalho para seus egressos. Para não ficarem por fora, as instituições de ensino começam também a se renovar.

Um dos exemplos é o curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que apresenta uma série de inovações curriculares neste semestre. Entre as novidades está a definição da disciplina de Direito Ambiental como obrigatória.

– A sociedade impõe mudanças legislativas. Sempre que surge uma nova área, um novo produto, o Direito é obrigado a acompanhar e regular isso. E a área ambiental, dos direitos do consumidor, dos direitos humanos, por exemplo, estão pedindo mais profissionais – avisa Fabrício Pozzebon, diretor da Faculdade de Direito da PUCRS.

Esse prestígio do curso pode ser visto nos vestibulares no Estado. A coordenadora do curso de Direito da Universidade de Caxias do Sul (UCS), professora Sandra Neli Lazzari, não tem dúvida ao dizer que a procura pela graduação está cada vez maior. As opções para o formando são tão variadas que é raro alguém entrar na faculdade tendo já certeza do que vai fazer quando tiver o canudo na mão.

– Geralmente, os estudantes descobrirão o que desejam fazer durante o curso, porque o leque é imenso. Sem precisar pensar muito, podemos destacar umas 15 carreiras que o egresso pode seguir (veja quais na página 2). Isso acaba atraindo também até gente que já possui diploma – afirma Sandra.

leandro.rodrigues@zerohora.com.br
LEANDRO RODRIGUES
Zero Hora. 17 de março de 2010 | N° 16277

O curso
- O que faz: atua na advocacia, na carreira jurídica ou no ensino. Como advogado, pode trabalhar como profissional liberal, representando clientes em ações judiciais ou em empresas. Na carreira jurídica, atua na advocacia pública (representando os interesses do Estado e defendendo cidadãos que não podem assumir despesas judiciais), em delegacias de polícia (elaborando inquéritos), na magistratura (julgando os processos) e no Ministério Público (defendendo os interesses da sociedade perante o juiz nos tribunais).
- Mercado: concursos públicos são frequentes para quem pretende ingressar na carreira jurídica. Para o advogado, o direito internacional, a questão ambiental e a informática (propriedade intelectual e crimes na internet) são áreas novas.
- O curso: dura cinco anos e forma o bacharel em Direito. Para iniciar a carreira, é preciso fazer a prova nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou concursos públicos.
- Remuneração: categoria segue tabela de honorários da OAB e salários do Poder Judiciário em cargos públicos.
Onde estudar
- Privadas: Anhanguera, Cesf, Dom Alberto, Dom Bosco, Esade, Facensa, Facos, Fadisma, Fames, Fapas, Fargs, Feevale, Fema, FMP, FSG, Iesa, Imed, IPA, PUCRS, São Judas Tadeu, UCS, UCPel, Ulbra, Unicruz, Unifra, Unijuí, Unilasalle, UniRitter, Unisc, Unisinos, Univates, UPF, Urcamp, URI
- Públicas: Furg, UFPel, UFRGS, UFSM

Nenhum comentário:

Postar um comentário